Esse é um livro bem curtinho, mesmo com um posfacio de mais de 30 páginas, uma coleção de contos (se é que podemos chamá-los de contos, para mim são textos sugestivos cuja sugestão em muito casos eu não fui capaz de capitar, e por isso permaneceu por segundos apenas uma sensação) unidos com o nome de Ornamentos em Jade, todo o volume não chega a 200 páginas. O romance que dá título ao texto não tem 100 páginas...
O livro é muito bem contextualizado, se passa durante a 1° Guerra Mundial, momento em que na Inglaterra segundo o narrador, havia uma grande falta de comunicação, os jornais estavam proibidos de publicar qualquer informação que não passasse pela censura, assim os casos estranhos que ocorriam, tornavam-se logo rumores, e o povo que habituara-se a acreditar apenas naquilo que lia, ficou completamente alienado. As pessoas tinham uma suspeita do que acontecia perto de casa, mas aquilo que ficava longe não lhes chegava ao conhecimento, e as próprias pessoas não gostavam de falar sobres estranhos rumores de então.
O narrador é um jornalista que foi destacado para investigar casos estranhos que ocorriam em uma região rural, de mortes inexplicáveis. Porém, antes de conversar com médico local, o dr. Lewis, ele conta o primeiro caso estranho de que ele tomara conhecimento, naquela época conturbada, um antigo conhecido seu, era piloto de guerra, e morrera perto de sua base ao ser "atacado" por um bando de pombos que derrubou o avião.
Nessa região rural o caso que atraiu o narrador foi o de uma família que foi encontrada morta com os rosto destruídos, e não havia nenhum rastro que pudesse indicar o assassino. Cogitou-se um serial killer, alguém da própria região com distúrbio de personalidade... até que mortes tão estranhas quanto se multiplicaram, corpos que caíram de precipícios, se afogaram no pântano, sufocaram sem nenhuma marca, ferimentos sem explicação (todos durante a noite). O médico não conseguia explicar, mas um dos moradores da aldeia tinha uma teoria interessante do Raio Z, que seria algo criado pelos alemãs para gerar uma violência em seres vivos que depois que sua influência passavam voltava ao normal, uma técnica do inimigo para espalhar o terror. A teoria de que isso era obra dos alemãs torna-se quase certa, mesmo que para isso eles tivessem que ter construído cidades subterrâneas... Depois aparecem umas luzes, como se fosse parte de uma nuvem, ou de uma árvore... o mistério se intensifica, isso se você não tomar aquela sua primeira ideia absurda como solução do problema, ou concordar com a teoria dos alemães.
Até que se atinge a última história do terror naquela região, em que um fazendeira é morto com uma ferida do lado de fora de casa, e sua família (a mulher e dois filhos) mais um hóspede são encontrados mortos pela casa muito provavelmente por falta de água, pois tudo indicava que eles estavam sitiados. O dr. Lewis encontra uma carta do hóspede, que era um conhecido seu, em que conta tudo o que ocorrera, ou que ele achava que ocorrera, pois não sabia mais se ainda não estava louco, se estava acordado ou dormindo. E com isso acaba essa época do terror.
No último capítulo o narrador conversa com o médico, e eles chegam a uma conclusão do que gerara aquele terror. O fim sinceramente para mim podia ser outro. No geral não entraria na lista de livros que eu indicaria, mas com esse fim, está entre os livros que eu diria boa sorte, lê ai... interessante, mas decepcionante! Lê ai!
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