quarta-feira, 23 de outubro de 2013

O retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde

O livro é o único romance de Oscar Wilde, e uma obra prima da literatura mundial (é isso ai vou ficar lambendo o livro mesmo!). Mais um da lista de livros para ler antes de morrer. E esse de fato o é. Todo mundo já ouviu a história de Dorian Gray! É quase como um Dom Quixote! Como Dom Quixote é leitura obrigatória! Fazia muito tempo que eu não me apaixonava por um livro como aconteceu com esse. Sério, sem palavras! Não conseguia parar de ler, e quando parava era para pensar sobre ele, e se dessem uma brecha falar sobre ele! LEIAM! LEIAM! RELEIAM!


O livro conta a história do jovem Dorian Gray que tinha tudo que alguém poderia querer, a juventude unida a um carisma e a uma riqueza espantosos. Dorian torna-se rapidamente amigo de um pintor da moda Hallward Basil, que desenvolve por ele uma idolatria, Dorian o influencia com tal intensidade que mesmo quando Dorian não está sendo retratado ele está presente em suas obras. Basil decide pintar um retrato em tamanho real de Dorian, que será a sua obra prima. No dia em que a obra é finalizada, está presente no estúdio lord Henry Wotton, antigo amigo de Basil, homem singular cujas frases são aforismas, e possui opiniões polêmicas sobre tudo.
Basil de início não quer que Henry conheça Dorian, pois conhecia o caráter de seu velho amigo e sabia que a pureza de Dorian seria por ele corrompida. Mas, nesse dia não consegue evitar e o encontro. E de fato Henry desperta algo em Dorian logo na primeira conversa, em uma defesa da beleza e da juventude que são os maiores bens do homem. Assim, quando Dorian é chamado para ver seu retrato o jovem se desespera ao saber que o quadro jamais envelheceria, que este se manteria sempre belo, enquanto ele definharia com a passagem do tempo. Em seus desespero ele pede, em uma espécie de oração, para que o quadro tenha os efeitos do tempo em seu lugar, e ele possa ser sempre assim.
Dorian e Henry ficam cada vez mais amigos, Henry sempre colocando seu ceticismo na cabeça de Dorian. Esse no entanto se apaixona por uma atriz de um teatro de quinta, Sibyl Vane, linda e também muito jovem. Ele vai diariamente assisti-la, o que o encanta é a sua forma de atuar, o fato de cada dia ser uma pessoa diferente. Informa seus dois amigos de sua paixão, e os convida para conhecê-la. Mas, no dia anterior a isso eles tornam-se noivos, velados, sequer diz seu nome completo para ela, que apenas o chama de Príncipe Encantado. Por mais que ambos os amigos sejam contra o casamento (o principal motivo é a diferença social entre eles), eles vão ao teatro. Contudo, nesse dia a atuação de Sibyl é deplorável. Henry e Basil saem antes do final da peça. Dorian aguenta todo o sofrimento até o final. Depois vai encontrar a noiva no camarim, e lá ela toda apaixonada e feliz, sabendo da sua péssima atuação, diz que não será mais capaz de atuar pois só conseguia fingir a paixão de outros antes de sentir a verdadeira. Isso é o fim para Dorian, que a destrata, diz que não mais a ama, e que ele nunca mais a verá.
Chegando em casa Dorian repara que seu quadro, por mais incrível que fosse, tinha mudado, a expressão nos lábios já não era a mesma, havia algo de mal nela. De início não acredita, depois de um olhar cuidadoso vê que é a realidade, esconde o quadro. E associando isso à maldade que cometera com Sibyl, ele decide escrever-lhe uma carta pedindo desculpas e reatando com ela. No dia seguinte, depois de mandar transferir o quadro para um quarto que só ele teria acesso, ele recebe a visita de Henry, que vem lhe informar da morte de Sibyl, que se suicidara.
Dorian passa um tempo pensando sobre tudo isso, o efeito no quadro, que reproduzia sua alma. Até que lorde Henry lhe envia um livro que tudo muda. Dorian vê que sua alma já não tem jeito, que ele foi presenteado com uma beleza e juventude eterna e que o melhor que ele tem a fazer é aproveitar. Torna-se um devasso libertino. Todos que dele se aproximavam eram por ele corrompido (não sei se o livro corrompeu Dorian, Henry ou o quadro de Basil), apesar de seu carisma as pessoas direitas começam a evitá-lo. Os anos se passaram, Dorian deveria ter quase 40 anos, mas ainda aparenta ter recém-saído da adolescência (e ninguém acha isso estranho!) e seu quadro está horrível. Até que um dia Basil vai visitá-lo pois ouvira coisas horríveis sobre seu amigo, de quem se distanciara, e queria saber se era verdade, pois não acreditava que uma alma horrível pudesse ter uma aparência exterior tão bela. De início Dorian nega, mas então ele é tomado de tal raiva que decide por mostrar o quadro para Basil, revelando assim a verdade. Quando ele vê sua obra tão degradada, sabendo que isso refletia o caráter de Dorian, Basil chora. Mas Dorian está irado e decide matar Basil.
O assassinato é encoberto muito bem por Dorian, que através de uma chantagem consegue fazer com que um antigo amigo incinere o corpo dentro da sala. Ele mesmo destrói os pertences que ficaram na casa. Ninguém sabia que ele lá estivera, e ainda estava de partida para Paris, assim até notarem seu sumiço demoraria. Contudo, a consciência de Dorian pesa. E isso o vai consumindo aos poucos. A saída que ele encontra é o ópio. Mas nem isso dá muito certo pois lá, ele é reconhecido pelo irmão de Sibyl que prometera matá-lo. Consegue convencê-lo de que não pode ser o Príncipe Encantado pois ele era novo de mais para isso. E depois refugia-se na sua casa de campo. Mas James Vane descobre que é aquele mesmo, que sua aparência não muda nunca, e o segue. Dorian começa a ficar paranoico, achando que ele será punido pelo seu crime. James no entanto é morto por acidente, o que alivia Dorian.
Depois desse episódio Dorian decide que irá mudar, que será uma pessoa melhor. Ao informar Henry esse ri, acredita que a primeira atitude que Dorian teve como um homem melhor era apenas um ato de vaidade. Dorian fica confuso, e decide matar a curiosidade olhando seu antigo quadro, para saber se nele houvera alguma melhora. Ao olhá-lo depara-se com algo horrível, cheio de manchas de sangue. Em seu desespero decide por destruir o quadro, assim como destruíra seu pintor. Para ele a obra era a culpa de tudo.
Ouviu-se na rua um grito horrível. Depois dos muitos esforços para entrar no quarto, quando o conseguiram lá encontraram o quadro do belo Dorian Gray, e no chão, morto, um homem arruinado, que só pode ser reconhecido pelos seus anéis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário