segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Persuasão - Jane Austen


Existe uma única coisa que não pode faltar quando as férias começam, ou quando assim eu decreto: Jane Austen. Nenhuma férias será boa o bastante se eu não tiver lido um de seus livros, muito romance, muita água com açúcar! Mas ainda assim os melhores romances, que eu ainda não consegui encontrar igual.
Meu primeiro contato com essa maravilhosa autora inglesa foi em 2006, quando eu assisti a série de BBC (muito mais antiga do que isso) de orgulho e preconceito, então eu o li. Depois descobri que aquele filme ruinzinho de época com o Hugh Grant também era baseado em um livro seu. Na época procurei toda a sua bibliografia em português para ler, e só encontrei a minha versão bilíngue de Persuasão a um preço acessível (acabei comprando os outros 4 em inglês mesmo, edição livro de bolso, tudo por menos de 40 reais!).
No livro O clube do filme de David Gilmour o narrador diz "(...) que a segunda vez que você vê uma coisa é na verdade a primeira vez. Você precisa saber como a coisa termina antes de poder apreciar sua beleza desde o início". Este livro de Jane Austen é no qual eu sinto precisamente isso. A primeira vez que eu o li (essa já deve ser a quarta, ou mesmo a quinta) eu o achei um pouco enfadonho, uma progressão muito lenta das coisas. E quando finalmente chega no penúltimo capítulo tudo acontece de forma tão sutil, tão simples que realmente aquilo poderia acontecer, enfim acaba com todas as perspectivas de felicidade para o casal!
O romance começa com a descrição do pai da protagonista, Sir Water Elliot, um baronete viúvo, bonito que dá grande importância para o seu título e beleza, porém é incapaz de economizar e por isso é forçado a deixar a sua casa de campo e alugá-la para um almirante e sua esposa. Por acaso essa esposa, Sophie, é irmã do antigo amor de Anne Elliot (a protagonista) uma mulher de 27 anos, que na juventude se apaixonara por um capitão da marinha mas fora persuadida por sua boa amiga (antiga amiga de sua mãe) a não realizar o casamento pois seria ruim para os dois.
Anne como a boa heroína de Austen permanece constante em seu amor pelo capitão Wentworth, e é obrigada a conviver com ele, quando este resolve visitar a irmã, e acaba se aproximando da família do marido da irmã mais nova de Anne. Os Munsgrove possuem duas filhas jovens e um tanto tolas por quem o capitão procura se apaixonar. de início a relação entre eles é extremamente fria, até que eles resolvem fazer uma viagem a Brighton, para visitar amigos do capitão, e vão todos os jovens. O capitão Wentworth já demonstra ciúmes dela quando outro homem a observa e depois dado um acidente ele passa a confiar muito no seu discernimento .
Contudo, a relação que começava a melhorar é cortada, com a partida de Anne para Bath, onde seu pai e sua irmã estavam residindo. Lá ela entra em contato com o seu primo, o mesmo homem que incomodara o capitão, que passa a cortejá-la, apesar de ser um tanto suspeito. Ao mesmo tempo em que seus antigos amigos vão todos para Bath, onde Anne percebe o quanto prefere Wentworth a qualquer homem, mas que esse parece indeciso quanto aos seus atos, pois tudo indica que Anne se casará com o primo e herdará o título e a casa. O que a faz tomar medidas desesperadas.

Como sempre paro antes do fim e antes da minha parte preferida, vai que algum dia alguém leia isso e saiba o final (sempre surpreendente) e decida não ler. Seria uma pena.

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