quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Inquilino - Roland Topor



Como eu já disse sou fascinada por literatura fantástica! Meus amigos já se cansaram de me ouvir falar, principalmente quando bebo, sobre ela. Fazer o quê? Ainda não encontrei nada melhor!
Esse semestre fiz uma matéria sobre o mal na literatura, que apesar de ser de sexta de manhã, eu adorei. Como trabalho final tínhamos que fazer uma produção narrativa, que ouvi dizer que não vale nota, e um ensaio sobre algum livro que trouxesse o mal como tema. Eu escolhi, da lista fornecida pelo professor, O Inquilino, um pouco pela explicação dele, um pouco pela crítica nos sebos on-line!
É um livro bem curto - 126 páginas. Escrito em terceira pessoa, mas um tanto subjetivo, muito fácil de ler. Se eu não tivesse lido prestando atenção em cada detalhe, e fazendo anotações a cada segundo, poderia facilmente ter lido em um dia, ficando nervosa, desesperada e apreensiva com o seu desenrolar.
Tá, odeio ter que dizer isso, mas se você é preguiçoso, assista ao filme, dirigido por Roman Polanski, que eu não assisti mas ouvi bons comentários.

A narrativa começa com um homem, Trelkovsky, procurando um novo apartamento pois seria despejado do seu. Ele encontra um que lhe agrada, mas não pode alugá-lo pois a antiga inquilina que havia cometido suicídio saltando da única janela, ainda estava viva no hospital, mas a beira da morte!
Ela acaba morrendo, e Trelkovsky aluga o apartamento, e resolve fazer uma pequena reunião com os seus amigos. É nesse momento que todos os seus problemas começam, os vizinhos reclamam do barulho, o senhorio lhe repreende. E para não ter mais problemas o nosso protagonista fica paranoico com relação ao barulho, e pouco a pouco vai mudando os seus costumes.
Não apenas dentro de casa, pois já não sai mais com os seus amigos, não come a mesma comida, não fuma os mesmos cigarros... Um dia acorda maquiado e dá-se conta de que todos os seus vizinhos estão mancomunados para transformá-lo na antiga inquilina, e conduzi-lo para o mesmo fim. O que o leva a diferentes reações.
E tem um epilogo que vale o livro inteiro!

Não tem como eu contar mais, do contrário acabaria com a graça do livro. E como Todorov disse, diferente da maioria dos textos, um texto fantástico não pode ser lido fora de ordem pois assim perderia-se o seu efeito. Deixemos por isso então, garanto que eu não passei da metade, e que pulei todos os detalhes que constroem a narrativa e a torna verossímil dentro do seu contexto. Sem deixar de causar hesitação no leitor (um pouco mais de Todorov, já que ele também fez parte das minhas leituras para o trabalho!)

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