domingo, 15 de fevereiro de 2015

Os Magos de Caprona - Diana Wynne Jones

Não sei mais nem como introduzir esses livros. Quero dizer, já falei sobre a minha paixão, sobre o meu vício e a minha decisão de reler todos em ordem, já que agora eu tenho os 8 livros publicados em português.
Os magos de Caprona fazem parte da minha infância, o último deles, todos os outros foram lidos, ou serão lidos agora bem depois dos meus 20 anos. O que também confirma a minha teoria de que estes livros não são somente para crianças.


Esse livro apesar de fazer parte da série Os mundos de Crestomanci não segue a mesma linha dos outros dois. A história narrada acontece na Itália, não a Itália que conhecemos, mas uma ainda dividida em pequenos estados com seus duques. Tudo acontece na cidade de Caprona a mais mágica de todas as cidades italianas, famosa por seus produtores de feitiços, duas famílias muito tradicionais os Montana e os Petrocchi.
Essas duas famílias se odeiam (é duas famílias italianas que se odeiam, não lembra em nada Romeu e Julieta), os mais novos nem sequer sabem o motivo, apenas desprezam uns aos outros, imaginando as coisas mais bizarras e selvagens vindo uns dos outros. No entanto, eles viviam totalmente separados, isso até o momento em que elas tiveram que trabalhar juntas para reconstruir a ponte velha.
O primeiro sinal de fraqueza da cidade, que segundo a lenda era protegida pelo anjo de Caprona que descera à cidade carregando uma música que expulsou o demônio branco da cidade, restabelecendo a paz e a força. Mas não foi só a ponte que ruiu, a cidade passou a ser ameaçada de invasão por outras cidades, ficando na eminência da guerra. É ai que Crestomanci aparece para ajudar a cidade, insistindo para que eles encontrem a letra original do Anjo de Caprona, enquanto ele iria a Roma tentar ajudar (não dá para saber se é o Eric ou o Christopher, ou se ao menos é um deles).
E é isso que as famílias fazem com afinco enquanto se preparam para a guerra. Tonino. um menino da família Montana, recebe um livro, que ele acredita ser do seu tio Umberto. que conta a história de um menino que conseguiu salvar a sua cidade sem o uso da magia. Depois de ler esse livro ele some.
O seu sumiço é prontamente culpa dos Petrocchi, não havendo outra opção. Assim toda a família sai em peso de casa em direção a casa dos seus inimigos prontos para uma guerra e recuperar o seu menino. No meio do caminho eles encontram a outra família com a mesma disposição, e a batalha acontece ali mesmo, Ninguém saiu morto por causa de uma nuvem que espalhou a todos. Paolo, o irmão de Tonino, ao desfazer-se a neblina, encontra-se ao lado de uma Petrocchi, Renata, irmã de Angélica, que também tinha desaparecido após ler um livro. Ambos combinam de tentar convencer a família de que foi um outro inimigo (o demônio branco) quem os raptou, mas obviamente não obtém nenhum sucesso, já que o ódio está enraizado.
Enquanto isso, Tonino e Angélica encontram-se no Castelo do Duque, reduzidos ao tamanho de um fantoche, presos pela duquesa (o demônio branco), para garantir que as famílias não produziriam mais feitiços para salvar a cidade. Os dois, apesar de seus preconceitos unem-se para fugir e avisar suas famílias de quem é o inimigo, para isso contam com a ajuda do Duque, que apesar de um tanto bobo não é nada mau. O plano inicial dá errado, e toda a família é transformada em fantoches, menos Paolo e Renata que fugiram das suas casas para procurar seus irmãos, e Rosa Montana e Marco Petrocchi (Romeu e Julieta) que enganaram suas famílias e se casaram, e por isso não podem aparecer onde as duas famílias estiverem.
Com isso o destino da cidade está nas mãos desses seis. Tonino e Angélica descobrem onde está a letra original e tentam mandar um recado a suas famílias, Paolo e Renata não o interpretam direito, mas dá certo, Rosa e Marco estão seguindo os outros dois. Assim, as duas famílias juntas, unidas pela amizade e pelo amor, cantam juntas a música e salvam a cidade, com uma pequena ajuda de Crestomanci, que se livra do demônio branco, tudo volta ao normal, e as duas famílias tornam-se amigas novamente. E Tonino e Angélica são convidados a passar um tempo no Castelo Crestomanci, pois suas habilidades mágicas apesar de não serem tradicionais são louváveis.

Assumo que teria gostado muito mais desse livro se não tivesse essa coisa de amor e amizade entre as famílias para poder dar tudo certo, mas vamos lá, é um livro infantil. Tirando isso é um livro cheio de aventuras e muito divertido.

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