quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Manon Lescaut - Abade de Prévost
Manon Lescaut é um romance de leitura fácil, fluída. Contudo um tanto sem graça. Não tive dificuldades em terminá-lo a não ser a força de vontade que resistia antes de dormir, e muitas vezes me levou a dormir antes das 23h, usando o sono como desculpa para não ler. Mas afinal, eu o terminei, assim o fiz pela matéria, pela impossibilidade de deixar um livro inacabado...
O livro começa com uma narrativa em primeira pessoa de um senho rico que ao chegar em uma cidadezinha vê um alvoroço em uma estalagem, e ele fica sabendo que lá chegara prostitutas que estavam sendo levadas para o porto, pois seriam levadas para a América. Esse senhor repara então que além das moças e dos seus guardas há também um jovem miserável que fica lá perto. Ele dá um jeito de saber quem ele era, a sua história, o porque de estar seguindo aquele grupo. O jovem é o cavalheiro Des Grieux que era completamente apaixonado pela mais belas das mulheres que ali estava, e por ela se perdera na vida e estava desposto a segui-la até a América, essa jovem é Manon Lescaut. O senhor se compadece de Des Grieux e lhe oferece dinheiro além de conversar com os guardas para que ele não fosse maltratado.
Dois anos se passam e esse senhor reconhece na rua Des Grieux ainda mais abatido, e o convida para se sentar, comer e contar a sua história. Assim começa a narrativa do romance entre Des Grieux e Manon (também em primeira pessoa, e sem nenhum capítulo!).
Des Grieux assim que terminou seus estudos e estava para retornar a casa do pai, de onde depois sairia para entrar em uma ordem (era o filho mais novo), viu Manon chegar a uma estalagem e deu um jeito de conhecê-la e logo se enamorou profunda e inalteradamente por ela. Ela por sua vez estava sendo levada para um convento, pois sua família, que não era muito rica, já sabia de sua devassidão. Des Grieux cego de paixão e contra tudo que ele aprendera até então decide ajudar a menina a fugir (sério eles tinham uns 15 ou 16 anos!), enganando o seu melhor amigo. Fogem e passam a viver juntos sem se casarem em Paris com o dinheiro que cada um possuía dos pais.
O dinheiro logo começa a faltar, mas Manon diz que encontrou um jeito e eles continuam vivendo em opulência (por que eles não se casaram? sério mesmo que não valia nenhuma tentativa antes com o pai dele?). Até que um dia voltando para casa mais cedo do que o esperado Des Grieux é impedido pela criada de entrar, pois Manon assim a mandara, pois estava com o vizinho, um senhor importante. Des Grieux apaixonado e estupido se convence de que não era nada tão ruim assim. Mas era! Contudo ele não chega a saber, pois seu irmão descobre seu paradeiro e o vai buscar para levá-lo de volta para casa, onde fica prisioneiro até que sua paixão se acalme. Poderia ter acalmado, de tanto que seu amigo Tiberge o aconselha, ao ponto de os dois irem para o seminário junto em Paris. Mas quando Des Grieux estava quase para se "formar", Manon fica sabendo que ele está em Paris e vai atrás dele, e mesmo estando com o vizinho ela jura-lhe amor eterno, e promete fugir com ele levando tudo o que o velho já lhe dera.
Fogem e vão morar nos arrabaldes de Paris, pois Manon era mulher que gostava da cidade. Lá vivem feliz por um tempo, o irmão de Manon aparece, e mostrar um caráter ótimo, a primeira coisa que diz para Des Grieux é que ele poderia arranjar homens para Manon, e assim eles conseguirem mais dinheiro, contudo o jovem prefere a jogatina mesmo, onde acaba se dando muito bem. Mas, toda desgraça é pouca, e os criados do casalzinho os rouba, e Des Grieux precisa pedir ajuda ao respeitável cunhado, que volta a insistir na prostituição da irmã caçula. E sem o consentimento de Des Grieux Lescuat ajeita tudo com a irmã, que vai passar uns dias na casa de campo do velho, na volta o nosso jovem herói vai até ela brigar, mas o amor acaba triunfando, e eles tramam uma forma de enganar o velho, e roubar-lhe. O que leva a prisão dos dois, Manon no presídio e Des Grieux em um seminário... com o tempo ele consegue a confiança das pessoas a sua volta, e através do bom e fiel Tiberge consegue se comunicar com Lescaut que leva uma arma, que ajudará Des Grieux a evadir, mas não sem antes matar um homem. Depois disso ele precisa de um plano para tirar Manon, que ele consegue muito facilmente ao travar amizade com outro jovem cujo pai era influente e por isso conseguiria introduzir Des Grieux no presídio, e claro conseguir com que o carcereiro de Manon se oferece para tirá-la de lá (tudo muito simples). Nesse ínterim Lescaut morre, e apesar de Des Grieux estar envolvido com tudo ele não é culpado por nada e ninguém o persegue e ele pode andar livremente por Paris.
Então eles vão viver calmamente em um lugar que eles já tinham estado antes, com a amizade profunda (empresta/dá dinheiro sem reservas e prefere eles às amizades antigas) do jovem rico que os ajudara. Manon dá provas de amor ao negar o amor de um príncipe italiano na frente de Des Grieux, mas acaba sucumbindo ao filho do velho que os colocara na prisão quando eles tentavam roubar. E mais uma vez Des Grieux é enganado e trocado por Manon, e mais uma vez ele enlouquece decide ir brigar com ela, e mais uma vez eles bolam um plano de roubar, e mais uma vez eles são presos. Dessa vez Des Grieux é solto por seu pai que intercede por ele, mas Manon, a pedido dele é deportada para as Américas, como o rapaz já tinha contado dois anos antes.
Por fim ele narra a viagem para a Amárica e o tempo passado lá. no navio ele informa o capitão de que os dois são casados, e como ele é um cavalheiro eles são tratados com o maior respeito e cuidado. Chegando lá a mentira continua, e os dois caem nas graças do governador. E eles são muito felizes e Manon diz que realmente se arrependeu de tudo o que causou para o seu amor, e que agora ela é só dele e que a felicidade dela é ele, e vice versa. Então eles resolvem ser cristãos!!!!! E decidem contar ao governador que eles estiveram mentindo o tempo todo, mas que eles estavam decididos a se casarem. Mas segundo alguma lei vigente na época, o governador podia fazer o que bem entendesse, e como a França enviara Manon como prostituta ele poderia dá-la em casamento para quem ele quisesse, e seu sobrinho estava apaixonado por ela... Des Grieux se bate em duelo com o sobrinho e acredita que o matou, mesmo que honradamente, e junto com Manon decide fugir, e encontrar a colônia inglesa para não se separarem. No caminho Manon morre de fadiga, de tristeza... sei lá. E Des Grieux arranja forças para cavar um túmulo, e lá fica até que é encontrado pelo governador, pois na verdade o sobrinho não tinha morrido... É preso, e depois que acreditam na sua história (mocinho persuasivo!) solto, e quando está decidido a voltar para França e pedir desculpas para seu pai, Tiberge chega, pois desde sua última carta queria ter com ele, e fazê-lo voltar para casa. E assim eles retornam para França, o pai de Des Grieux estava morto e ele tinha combinado de se encontrar com o irmão, mas antes disso encontrou o velho e lhe contou toda a sua história em quase 300 páginas...
De verdade, o final é assim... eu li por eBook, e fiquei procurando alguma página perdida... e ainda não estou convencida de que aquele é o final. Sabe quando o último parágrafo termina bem no final da página, e você espera encontrar mais... pois é!
Não gostei do livro! Não recomendo a leitura! Muito bobinho, para ser incluído no romance libertino... esperava mais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário