quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Fedra - Racine

Mais um da lista: a paixão na literatura.
Em algum lugar perdido na minha memória eu acredito já ter lido a história de Fedra e Hipólito, talvez algum resumo da mitologia, talvez alguma outra peça.. Essa mania de repetirem os temas clássicos, essa falta de autoria, sempre me confunde muito. Eu sou o tipo de pessoa se se detém nos detalhes, e se são os detalhes que mudam são histórias completamente diferentes...

Fedra é uma tragédia clássica, daquelas que se encaixam na definição aristotélica, com unidade de tempo e espaço, que o fim provoca no leitor compaixão e terror. É a história do amor incestuoso de Fedra por Hipólito seu enteado, que quando revelado acaba em tragédia.
Fedra é casada com Teseu, o grande herói grego depois de Hércules, mas ao chegar na casa de seu marido avista seu novo enteado, filho da rainha das amazonas, Hipólito, um jovem esportivo que desdenha às mulheres, principalmente pelo fato de seu pai ser tão mulherengo. De início Fedra luta contra esse sentimento, tratando mal seu enteado, a quem pede para ser exilado. Mas na época em que a peça se passa Hipólito já está de volta em casa, Teseu está desaparecido por 6 meses, e Fedra está decidida a se matar, já odeia o mundo que a fez ter sentimentos tão horríveis. Sua serva, Enone, daria a vida para salvar Fedra, e tenta de todos os modos dissuadi-la, e acaba por ouvir a confissão de que ela está apaixonada por Hipólito.
Por sua a vez o jovem príncipe está decidido a sair em procura de seu pai, não só por ele, mas também para se afastar de casa onde mora Arícia, uma princesa que seu pai mantém cativa, e que para que seu sangue não se perpetue ele a proíbe de se casar e ter filhos. Mas, apesar de ir contra as vontades de seu pai, e seu próprio caráter, ele se apaixona por ela, e para não trair Teseu, ele quer se afastar.
Os amores são declarados. Hipólito descobre-se correspondido, e Fedra ignorada. Ao final da conversa entre ela e seu enteado, ela decide se matar, ficando com a espada de Hipólito. Mas antes que esse parta, ou que aquela se mate é anunciada a morte de Teseu.
Inicia-se uma nova tensão na trama, a sucessão ao trono, há aqueles que vêm como legitimo rainha Arícia, cuja família reinava antes de Teseu, outro optam pelos filhos de Fedra e por fim o próprio Hipólito. Agora Enone consegue convencer Fedra de continuar viva, em primeiro lugar ela tinha que pensar em seus filhos, que poderiam ser reis, mas que com a sua morte seriam escravos, e além disso com a morte de Teseu sua paixão já não era mais incestuosa.
Porém, Teseu está vivo e retornou para casa. Fedra se desespera com a possibilidade de Hipólito revelar ao pai o seu crime, e Enone para salvá-la trama uma saída. Ela dirá ao rei que Hipólito foi quem violou a rainha, e ainda mostrará a espada como prova. O rei acredita, sem muito esforço para provar o contrário, pois Hipólito, o bom moço, se recusa a rebaixar sua madrasta, apenas diz que quer ir embora, e depois que ama Arícia, que se ele cometeu algum crime foi esse. Teseu em sua fúria de homem traído pede aos deuses, em especial seu pai Netuno, que o vinguem.
Enquanto a vingança não chega, Fedra retoma parte da sua razão e percebe o erro e a baixeza dos atos de Enone, e pretende puni-la por isso, mas antes a própria serva se mata. Hipólito vai ao encontro de Arícia e diz que vai fugir para longe de seu pai, mas que quer que ela vá junto, e para isso eles devem se casar escondido em um templo ali perto, onde marca um encontro. Fedra toma um veneno, mas antes de morrer informa ao rei toda a verdade, e esse desesperado pedindo aos céus para que não o tivessem escutado antes pergunta por seu filho. Mas esse já estava morto, de forma bem cruel por monstros.
A solução para Teseu para homenagear seu filho é perdoando a Arícia e a adotando. Assim com a morte dos dois amantes culpados, Fedra com seu amor incestuoso, e Hipólito com seu amor que traía seu pai, a paz política também se estabelece - já não há mais luta pelo trono.

domingo, 18 de agosto de 2013

Os senhor dos anéis - As duas Torres - J.R.R. Tolkien

É engraçado como toda vez que eu sinto necessidade de reler Os senhor dos anéis o primeiro livro é lido com todo o amor e carinho, e os outros dois ficam relegados à simples tarefa de não parar antes de terminar. Contudo, dessa vez foi diferente, li bem devagar As duas torres, um pouco comparando com o filme, um pouco pensando em o que colocar aqui, já que eu tenho essa incapacidade de resumir esses livros. E não é que dessa vez eu gostei muito, muito mesmo do livro.
Faz uma semana que eu terminei, e não tive tempo ou computador para vir aqui registrar, e tempo é o que mais me incomodou, pois assim que guardei As duas torres, já desci com O retorno do rei, mas ele está aqui do lado, lido apenas as 5 primeiras páginas, Pippin se quer desceu do cavalo em Gondor.... mas isso é adiantar os fatos.

Esse livro começa com a defesa desesperada de Boromir contra o ataque de orcs, e a sua morte, tal como acontece no final do primeiro filme. Aragorn ainda o encontra com vida, e promete a ajudar com a guerra dos homens. Quando Gimli e Legolas o encontram eles precisam decidir entre ir atrás de Frodo e Sam de quem eles conseguem supor o caminho, ou então fazer um funeral correto para Boromir e então seguir e recuperar os outros hobbits. Eles decidem pela segunda opção e começam uma caçada alucinada, que termina após encontrarem um grupo de homens do Rohan, que na noite anterior haviam atacado o acampamento dos orcs e destruído tudo. Eles emprestam cavalos aos últimos membros da comitiva, que prometem voltar para Edoras para se explicarem ao rei. Então a narrativa volta-se para Merry e Pippin que estão passando o maior sufoco nas mão dos orcs que têm a ordem de não machucá-los mas não estão achando isso fácil. Na noite do ataque dos cavaleiros de Rohan, eles conseguem fugir e se refugiam em Fangorn, onde conhecem o ent Barbárvore, para quem contam a sua história, e os fatos do mundo lá fora, e ele diferentemente do que acontece no filme, decide convocar um entebate, onde junto com os outros ents remanescentes decidem o que fazer, depois de uma longa conversa, e não apenas um grito de ordem....
Então a história volta para Aragorn, Gimli e Legolas que seguindo o rastro dos hobbits também entram em Fangorn, e lá reencontram Gandalf, que diz que não era hora de eles continuarem a sua caçada, que os hobbits estavam bem, e que eles deveriam honrar as suas palavras e seguirem para Edoras. Lá chegando, eles de fato devem deixar as armas na porta do palácio, tal qual no filme, no entanto eles não possuem milhares de armas, e ao invés de ser uma cena cômica, é tensa, pois Aragorn se recusa a deixar sua espada lá, revelando-se o herdeiro de Gondor. Eles entram, Gandalf com o seu cajado, e são de fato indesejados lá, mas Saruman não está possuindo Théoden, e seu sobrinho não está foragido, mas sim preso, assim como seu filho fora morto em batalha....
Eles partem juntos para o abismo de Helm, não há uma batalha propriamente no caminho, as mulheres ficam em Edoras.. e Aragorn não se perde... os elfos não vão ajudar... a ajuda que Gandalf traz são dos homens do Folde Ocidental que acreditavam estar mortos depois de uma batalha contra os orcs de Saruman... e onde estão os huorn??? Realmente não sei o que deu no diretor do filme! Era uma guerra dos homens, que venceram pela sua habilidade, e depois não tiveram que queimar os seus inimigos pois uma floresta ali se instalara...
Depois da vitória eles se dirigem para Isengard, que está sob uma forte neblina, obra dos ents que alagaram toda área para limpar a imundice de Saruman. No portão eles são recebidos pelos hobbits, e enquanto todos vão se encontrar com Barbárvore, Aragorn, Gimli e Legolas ficam para comer com os hobbits e conversarem sobre suas aventuras. Depois todos se unem, e vão conversar com Saruman que é subjugado por Gandalf, e no desespero Língua-de-Cobra arremessa um palantir, com a intenção de machucar, mas erra, e Pippin a pega, e fica enfeitiçado por ela, e mais a noite, já no caminho de volta a Rohan ele a rouba, e tem uma "conversa" com Sauron... pouco depois passa sobre eles um Nazgûl, então Gandalf decide partir imediatamente com Pippin para Gondor, e recomenda que Théoden se apresse e vá ajudar na guerra. Assim acaba a primeira parte.
A segunda parte conta as aventuras de Frodo e Sam, e também Gollum na viagem para Modor. E sinceramente nessa parte o filme acertou em pelo menos uma coisa, Gollum! Para mim o Gollum do filme é perfeito para a minha imaginação a forma de falar, andar e tudo mais! Gollum que está seguindo Frodo a muito tempo finalmente é capturado, e após um juramento pelo anel, ele se compromete a levar os dois hobbits para Mordor. E quando eles percebem que não conseguiriam entrar pelo grande portão, Gollum escolhe um outro caminho, maligno, que Frodo acata. Para chegar lá eles passam por Ithilien, onde os homens de Gondor os encontram, e após travarem uma batalha contra servidores de Sauron a caminho de Mordor, voltam e levam os dois para o seu esconderijo (Gollum havia fugido dos homens). Lá o capitão Faramir conversa muito com Frodo, e aos poucos descobre qual a sua missão, ainda mais depois que Sam o revela, mas diferente de seu irmão Boromir, ele não fica tentado, e apesar de o aconselhar a não ir pelo caminho que Gollum escolheu, ele os liberta.. muito diferente do filme, onde Faramir é mais um homem comum que cobiça o poder do anel, e ele não é isso!
Então eles seguem para as escadas, e sobem e sobem, e chegam no túnel. E mais uma vez o filme viaja, e tenta deixar tudo mais dramático... Frodo e Sam estão perdidos na escuridão e percebem que algo realmente muito maligno mora lá há muito tempo, mas não conseguem saber o que é, e percebem que Gollum os abandonara. Quando sentem a aproximação de Laracna, Sam pede para que Frodo use o presente de Galadriel, o que afasta a imensa aranha por um tempo. Então eles procuram a saída do túnel, que está bloqueada por teias de aranha, que Frodo facilmente destrói com sua espada elfica. Então eles saem e a torre está logo ali, e Frodo animado corre para lá sem se preocupar com nada, Sam tenta alcançá-lo, mas então Gollum reaparece e eles lutam, Sam sai vitorioso, mas Frodo já fora picado por Laracna, e mesmo com Sam heroicamente a ferindo, ele acredita ter perdido seu mestre, e decide terminar a demanda, pega o anel, a espada e o presente de Galadriel do seu mestre e se dirige para Mordor. Mas antes de chegar a torre, orcs sobem e descem a trilha. Para se esconder Sam coloca o anel, e escuta toda a conversa dos orcs, e descobre que seu mestre não está morto, e por isso segue os orcs, mas no último momento fica trancado para fora do portão, completamente exausto.
Fim.

Lembro da minha mãe no cinema quando fomos assistir esse filme. Primeiro ela gritou, bem alto, na hora em que a Laracna aparecia de surpresa para atacar Frodo. E depois ela ficou revoltada, e disse que o melhor personagem, o mais corajoso, e que deveria ser o principal era o Sam. Eu gosto dele, mas não concordo com isso.

domingo, 11 de agosto de 2013

Socialismo para milionários - Bernard Shaw


 Eu queria poder escrever agora sobre O retrato de Dorian Gray, mas não posso... outra matéria que eu tive que pegar esse semestre é sobre aforismas, em especial de La Rochefoucauld, e como trabalho final uma comparação ou uma análise de algum outro autor de aforismas. Na aula de apresentação o professor citou Oscar Wilde como um deles, mas uma menina pegou o tema antes. Ele me sugeriu escolher alguma das peças de Wilde, ou então trabalhar com o Shaw, acho que ele me indicou algo como O pequeno breviário Shawniano... Logo depois de falar com ele fui para a biblioteca pesquisar. E entre os livros de Shaw achei esse com um título um tanto interessante. Na verdade nunca lera nada dele, no máximo ouvira falar, mas nunca me interessara o suficiente, não tenho muita experiência em estudar dramaturgia e fiquei apreensiva de fazer um trabalho final com relação a isso... mas esse livro não é uma peça, é um ensaio!
E ele fica muito mais interessante se você conhece alguma coisa sobre a biografia de Bernard Shaw, não que eu saiba muito, li o que havia na introdução do livro. Mas recomendo que leiam sobre ele, parece ter sido uma figura, no mínimo um tanto ante social, segundo o Anedotáriao Shawniano que há no final desse mesmo livro.

Nunca resumi um ensaio, nem sei se conseguiria resumir um ensaio tão irônico. A ironia obviamente não se restringe ao título. Ele inicia questionando o lugar do milionário no mundo moderno, pois o milionário não pode aproveitar essa sua condição, cada vez há mais lojas que preferem o consumidor mediano, que não produzem nada de especial e muito mais caro que poucos poderia comprar. Depois começa a aconselhar os milionários a não gastar o dinheiro deles com aquilo que usualmente se aconselharia. Em primeiro lugar ele não acha que um milionário deveria deixar o seu dinheiro para seus filhos e herdeiros, ele acha que um jovem na posse de uma herança tão grande se desvirtuaria, e que a melhor coisa para um jovem é trabalhar. Depois desaconselha o milionário à doar o seu dinheiro aos mendigos, aos realmente pobres que não conseguem de alguma forma se sustentar, pois esses continuariam a lhe pedir cada vez mais dinheiro e nem todo o dinheiro do mundo seria suficiente. Também não deveria doar o seu dinheiro para os hospitais (não entendi muito bem o porque) a não ser que fosse para um hospital experimental no qual ele acreditasse. não recomenda tão pouco doar a educação ou sociedades beneficentes... talvez, e mais uma vez eu não entendi direito (é um livro curto e de leitura rápida.. provavelmente compensa uma releitura), o dinheiro deveria ser doado ao proprietário da instituição que se quer ajudar. Para Shaw, ou para a ironia de Shaw, o milionário deve gastar, doando, o seu dinheiro com aquilo que a sociedade não precisa, nem deseja, mas que de alguma forma a leve ao progresso. E por fim ele critica os milionários que fazem da caridade uma forma de esclarecer a própria consciência.

Realmente não sei se entendi o livro, com certeza não tentei esclarecer as ironias que eu consegui encontrar, e provavelmente deixei muitas outras passarem. Não dei atenção suficiente ao livro, pois folheando-o como de costume antes de lê-lo, encontrei o tal do breviário, antes do anedotário, e que provavelmente é o que eu preciso para o meu trabalho. Estou ansiosa para falar com o professor, antes de sair lendo cuidadosamente e inciando um trabalho que eu não poderei fazer igual ao que aconteceu com o Dorian Gray.

Otelo, o mouro de Veneza - Shakespeare

Novo semestre, novas leituras...
Acredito piamente que se eu me esforçar muito, mas muito mesmo eu consigo me formar ainda esse ano. Claro que a DAC adorada não ajuda em nada, ou talvez o meu entendimento das informações fornecidas pela DAC não ajudem em nada... uma coisa ou outra, o fato é que o semestre passado foi coxa, e esse vai ser pauleira. Tive que me matricular em muitas matérias, e ainda descobri no último segundo que faltava 4 créditos para me formar, corri atrás de qualquer matéria.. E talvez entre ai a minha crença no destino. Nos 5 semestres que eu já fiz do curso pelo menos uma matéria com um dado professor eu pegava, gosto das escolhas de livros dele, gosta da exposição, mas nesse último semestre eu tinha me decidido por não fazer a matéria que tinha visto por causa do horário... bem havia outra que magicamente sumira da minha vista no final do outro semestre... pois lá estava um matéria dele, sobre paixão na literatura, com Orgulho e preconceito na bibliografia obrigatória, bem no ano em que não deu tempo de lê-lo nas férias de inverno.. Destino! E aqui estou eu em mais uma matéria cheia de leituras... a primeira Otelo! eu já o lera antes para uma outra matéria, sobre circulação de livros, não lembro de ter ido na aula de discussão... lembro de ter lido ao mesmo tempo que começava As crônicas de gelo e fogo... E lembrava da história é claro, um clássico, que eu primeiro conheci através de Machado de Assis, no ciúme doentio de Bentinho por Capitu em Dom Casmurro.



A tragédia conta a história de Otelo, um mouro que possuía um alto cargo no exército de Veneza, e que através de suas histórias conquistara a coração de Desdemona a filha linda e virtuosa de um rico senhor de Veneza que já recusara o amor de pretendentes melhores. Tudo começa com Iago (o alferes de Otelo que por causa de um cargo dado a Cássio em seu detrimento busca  vingança), e Rodrigo (apaixonado por Desdemona) que vão delatar a Brabancio, pai de Desdemona, a fuga de sua filha com o mouro. O pai de início quer justiça e acredita que sua filha fora enfeitiçada por ele, pois ela jamais poderia ter se apaixonado por um homem tão feio e mais velho, ela o nega e afirma amar o seu marido e dever-lhe obediência, o pai traído não quer mais saber dela, depois que os senadores de Veneza ficam ao lado de Otelo, e esse é mandado imediatamente em uma missão para Chipre, e depois Desdemona o seguiria levada por Iago, que consegue parecer fiel aos olhos do mouro.
Em Chipre Iago arma o seu plano, em primeiro lugar ele precisa fazer com que Cássio perca o seu posto, para isso ele se utiliza de Rodrigo, eles brigam e Otelo afasta Cássio enquanto pensa no que é melhor ser feito. Depois Iago convence através de insinuações de que Desdemona não é fiel a Otelo, que ela e Cássio se encontram. De início Otelo diz não ter ciúmes, mas aos poucos esse vai consumindo-o, ele apenas quer uma prova disso, qualquer prova. Iago então conta com a obediência de sua mulher Emília, criada de Desdemona, que sem saber por que pega o lenço de sua patroa e o entrega ao marido, esse coloca na cama de Cássio, e informa Otelo. Para esse isso é o suficiente! Ele precisa defender a sua honra. Iago como bom criado diz que cuidará de Cássio, e mais uma vez convence Rodrigo de fazer o trabalho sujo, contudo esse é morto e Cássio fica apenas machucado, enquanto isso Otelo sufoca Desdemona em seu quarto, e Emília ao conseguir entrar lá descobre tudo, nesse meio tempo Cássio, Iago e outros entram no quarto para contar o ocorrido, e Emília acusa seu marido de ter causado tudo aquilo, ele a mata. e Otelo desesperado também se mata.